Trilha Inca para Machu Picchu: Guia Completo (+ Dicas e Roteiro)

Como Fazer a Trilha Inca: Roteiro, Preços e Dicas Essenciais

Você está planejando uma viagem ao Peru e quer chegar a Machu Picchu de um jeito inesquecível?

Então a Trilha Inca pode ser a escolha perfeita. Esse trekking combina aventura, paisagens incríveis e sítios arqueológicos incas, levando você até uma das 7 maravilhas do mundo.

Para ajudar você a planejar tudo, preparei este guia completo da Trilha Inca, com um itinerário detalhado, dicas práticas e todas as informações essenciais sobre dificuldade, altitude, clima e muito mais.

Vou te explicar também como reservar sua trilha, o que levar e tudo o que você precisa saber para se preparar antes de encarar essa aventura.

Quer saber como fazer a Trilha Inca? Então vamos lá!

O que é a Trilha Inca?

Na época do Império Inca, existia uma vasta rede de estradas chamada Qhapac Ñan, que se estendia por mais de 30.000 km através do Peru, Equador, Bolívia, Chile e Argentina.

O que hoje conhecemos como Trilha Inca em espanhol ou Inca Trail em inglês é, na verdade, um pequeno trecho dessa antiga rede de caminhos. Essa trilha leva diretamente a Machu Picchu e foi percorrida pelos incas há mais de 500 anos!

Qual é o trajeto da Trilha Inca?

A Trilha Inca clássica dura 4 dias e 3 noites (com acampamento), mas também existe uma versão mais curta de 2 dias e 1 noite (hotel em Aguas Calientes).

Aqui estão os detalhes de cada uma:

Trilha Inca de 4 dias

• Resumo: são 4 dias e 3 noites de caminhada, totalizando 43 km. A agência busca você no hotel em Cusco e leva até o km 82, o ponto de partida da trilha. No quarto dia, você chega a Machu Picchu pelo famoso Inti Punku, o Portão do Sol.

Dia 1: Cusco – Km82 – Llactapata – Huayllabamba – Yuncachimpa (12 km, 7h)

Saída de manhã cedo de ônibus para Ollantaytambo e breve pausa no vilarejo declarado Patrimônio da Humanidade pela UNESCO. De lá, o ônibus levará você até Km 82 o ponto de partida oficial da rota.

Visita ao sítio arqueológico de Llactapata, a sítio inca do qual ainda sabemos muito pouco (ele só foi realmente bem explorado em 2003!), embora, sem dúvida, tenha desempenhado um papel importante na trilha inca.

Caminharemos ao longo do rio Rio Cusichaca até chegarmos ao pequeno vilarejo de Huayllabamba, depois subiremos até Yuncachimpa (3300 m), onde acamparemos para passar a noite.

Dia 2: Yuncachimpa – Warmihuañusca – Pacaymayu – Passo Runkurakay – Chaquicocha (15 km, 8h)

O dia começa com uma subida de 4 horas até o passo Warmiwañusca (4200 m), passando pelo vale Llulluchapampa, a parte mais difícil da trilha .

Em seguida, desceremos em direção ao rio Pacaymayo antes de subirmos até o sítio arqueológico de Runkurakay, um complexo circular que servia de ponto de passagem para os mensageiros incas.

A trilha continua até as ruínas de Sayacmarca, uma pequena cidade situada à beira de um penhasco e que oferece uma vista magnífica da área ao redor, e depois Chaquicocha, o acampamento para a noite.

Dia 3: Chaquicocha – Phuyupatamarca – Wiñayhuayna (9 km – 5h)

Este é um dia que oferece uma paisagem particularmente bonita (pequenos lagos, túnel inca, floresta tropical).

Primeiro chegamos a Puyupatamarca, ” cidade nas nuvens” em quíchua, um local bem preservado à beira de uma ravina que oferece uma vista do vale do rio Urubamba e contém praças, edifícios, pontes e banhos.

Em seguida, vem Wiñay Wayna, “eternamente jovem” em quíchua, situado em uma colina rochosa. É um sítio inca dividido em dois setores, composto de terraços agrícolas e edifícios, conectados por uma escada.

Esse será o acampamento para a noite.

Dia 4: Wiñay Wayna – Machu Picchu (7 km, 2h30-3h)

O dia começa bem cedo, por volta das 4h30, com uma caminhada iluminada por tochas até o Inti Punku, o famoso “Portão do Sol”. De lá, você terá a chance de ver o nascer do sol sobre Machu Picchu e Wayna Picchu, uma vista simplesmente inesquecível.

Depois, seguimos descendo por cerca de uma hora até a entrada de Machu Picchu, onde faremos a visita guiada pela cidadela.

No final do tour, pegamos o ônibus de volta para Aguas Calientes, depois o trem até Ollantaytambo, e de lá, um ônibus para Cusco.

Trilha Inca de 2 dias: a versão curta

Existe também uma versão curta da Trilha Inca, ideal para quem tem pouco tempo no Peru ou prefere evitar uma caminhada de 4 dias.

• Resumo: 10 km em 2 dias e 1 noite. A noite é passada em um hotel em Aguas Calientes, e a visita a Machu Picchu acontece no segundo dia.

Dia 1: Cusco – km 104 – Aguas Calientes

Saída de Cusco de trem pela manhã até o km 104, ponto de início da caminhada de 10 km pelo Vale Sagrado.

A primeira parada é no sitio arqueológico de Chachabamba, descoberto em 1940. Pelo estilo de suas construções, acredita-se que tenha sido um ponto de controle antes de Machu Picchu e também um local de rituais religiosos.

Depois de cerca de três horas de subida, chegamos a Wiñaywayna, que significa “eternamente jovem” em quíchua – nome dado pelos habitantes locais às orquídeas da região. O local fica no alto do Vale do Urubamba, oferecendo uma vista incrível da paisagem ao redor.

Após o almoço, a caminhada continua até Inti Punku, o famoso “Portão do Sol”. Chegar aqui ao fim da tarde é um momento especial, pois você poderá ver Machu Picchu ao pôr do sol.

Este era um dos pontos mais importantes da trilha, pois servia como entrada principal para Machu Picchu na época dos Incas e também como local de culto ao Deus Sol, Inti.

Depois desse momento, descemos até Aguas Calientes de ônibus para passar a noite.

Dia 2: Machu Picchu – Cusco

De manhã cedo, viaje de ônibus até Machu Picchu para desfrutar da tranquilidade da cidadela.

Depois da visita guiada a Machu Picchu, você pode escolher entre subir Wayna Picchu ou a Montanha Machu Picchu (se tiver reservado com antecedência) ou descer até Aguas Calientes para retornar a Cusco.

• Importante: Se você quiser subir Wayna Picchu ou a Montanha Machu Picchu (além da entrada geral para Machu Picchu), avise a agência no momento da reserva do Inca Trail Trek. Os lugares são limitados e não é possível alterar o ingresso depois da compra!

Após o almoço, você retornará a Cusco de trem.

É possível fazer a Trilha Inca sem guia?

Não. Desde 2001, é obrigatório fazer a Trilha Inca com uma agência autorizada.

Existem controles ao longo da rota, e as agências devem renovar suas autorizações todos os anos para operar legalmente. Isso garante que os guias sejam qualificados e que o trekking seja realizado com equipamentos adequados, comunicação de segurança e um kit de primeiros socorros.

Além disso, essa regulamentação ajuda a preservar o sítio arqueológico e manter o impacto ambiental sob controle.

Reservando a Trilha Inca: tudo o que você precisa saber

Você precisa reservar com antecedência?

Sim, é absolutamente necessário reservar a Trilha Inca com vários meses de antecedência, tanto na alta quanto na baixa temporada.

A trilha tem um limite diário de 500 pessoas (incluindo guias e carregadores), o que significa que há apenas 300 vagas para viajantes.

Como é uma das trilhas mais populares do mundo, essas vagas se esgotam rapidamente, então não deixe para a última hora!

Qual agência escolher para a Trilha Inca?

Essa é uma das perguntas que mais recebo!

Como a Trilha Inca é a trilha mais popular do Peru e uma das mais famosas da América Latina, há diversas agências que oferecem o tour, e pode ser difícil escolher!

Tenha muito cuidado com as agências que anunciam preços muito baixos.

• Se o preço for muito abaixo da média, provavelmente significa que a agência paga menos aos funcionários, sobrecarrega os carregadores ou usa equipamentos de baixa qualidade. Seja um viajante responsável e não incentive esse tipo de prática!

No Peru, a qualidade dos serviços para o trekking da Trilha Inca pode variar muito. É por isso que recomendo reservar com uma agência confiável, que tenha boas avaliações e ofereça um serviço organizado e seguro.

Se quer garantir sua vaga com uma agência séria, pode reservar aqui:

Para reservar a versão curta da Trilha Inca (2 dias), acesse aqui:

Durante a trilha: informações práticas

A Trilha Inca é difícil?

Você precisará caminhar entre 5 e 7 horas por dia, então resistência é essencial. Não é necessário ser um atleta, mas o percurso inclui subidas íngremes, mudanças de altitude, umidade e terrenos variados, o que pode tornar a caminhada mais desafiadora.

Se puder, treine antes da viagem: caminhe com suas botas de trekking e carregue uma mochila com algum peso para se acostumar.

Mas não se preocupe! Mesmo quem caminha mais devagar chega ao acampamento antes do anoitecer, e o guia sempre acompanha o último do grupo para garantir que ninguém fique para trás.

Tenho que carregar minha própria bagagem durante o percurso?

Não. Os carregadores levam as barracas, alimentos e equipamentos de cozinha.

Você só precisa carregar seus pertences pessoais e seu saco de dormir (fornecido pela agência), a menos que prefira contratar um carregador extra (máximo de 6-7 kg).

Se optar por um carregador, sua mochila será bem mais leve, permitindo que você aproveite melhor a trilha. Mas atenção: essa opção precisa ser reservada com antecedência, pois as vagas na Trilha Inca são limitadas!

Se estiver viajando com uma mala grande, não precisa se preocupar—os hotéis em Cusco e no Vale Sagrado costumam guardá-las sem custo durante o trekking. Caso contrário, sua agência pode oferecer esse serviço.

Qual é a altitude da Trilha Inca?

O ponto mais alto da Trilha Inca de 4 dias é o Passo Warmiwanusqa (4.200m), também chamado de Passagem da Mulher Morta.

Chegamos lá no segundo dia, após cerca de 4 horas de subida intensa—é a parte mais difícil da trilha. Depois, descemos até o rio Pacaymayo e seguimos para Runkurakay (3.924m). A partir desse ponto, a descida é gradual e mais tranquila.

Se você não tem experiência com altitude, é essencial passar pelo menos dois dias em Cusco ou no Vale Sagrado antes de começar a trilha para se aclimatar.

 

Que nível de conforto posso esperar?

Você dormirá em uma barraca espaçosa, normalmente compartilhada entre duas pessoas, mesmo que tenha capacidade para quatro. O colchão fornecido é básico, mas você pode trazer o seu próprio para mais conforto. O essencial é entrar no espírito da aventura!

Há banheiros na trilha?

Nos últimos anos, houve melhorias significativas na infraestrutura da trilha. Há banheiros com água corrente nos principais acampamentos, além de algumas áreas ao longo do percurso.

É sempre bom levar seu próprio papel higiênico e álcool em gel, pois nem sempre estarão disponíveis.

O que acontece se eu precisar de assistência médica?

Antes de reservar, informe sua agência sobre qualquer condição médica relevante (problemas cardíacos, alergias, etc.).

Os guias carregam um kit de primeiros socorros e oxigênio para emergências. Se for necessário, eles organizarão sua evacuação para Cusco, mas isso é raro.

Quantas pessoas há em um grupo?

Isso varia conforme a agência e a temporada. O limite legal é de 16 pessoas por grupo, mas algumas operam com grupos menores de 4 a 8 pessoas.

Se preferir uma experiência mais intimista, você pode contratar um guia particular e fazer a trilha com 2 ou 3 pessoas.

Preciso dar gorjeta?

Não é obrigatório, mas é altamente recomendado.

Os guias, carregadores e cozinheiros trabalham duro para tornar sua experiência inesquecível. Além disso, a maioria vem de comunidades locais e a gorjeta representa uma ajuda importante para eles.

Como referência, você pode considerar cerca de 80 soles por carregador (para os 4 dias), 110-120 soles para o cozinheiro e 100 soles para o assistente do cozinheiro. Claro, se quiser dar mais, eles ficarão muito gratos!

E não se esqueça de agradecer pessoalmente com um aperto de mão – demonstrar gratidão cara a cara é muito importante na cultura local.

Posso fazer a Trilha Inca com crianças?

Embora não haja uma idade mínima oficial, a maioria das agências exige que as crianças tenham pelo menos 10 anos. Algumas estabelecem um limite de 12 ou até 16 anos.

Se pretende fazer a trilha com seus filhos, é fundamental conversar com a agência para avaliar se eles terão resistência suficiente para completar o percurso.

Quanto custa a Trilha Inca?

Cada agência tem sua própria política de preços. Em média, a Trilha Inca de 4 dias custa entre 600 e 800 USD por pessoa. O valor pode variar conforme os serviços incluídos, o tamanho do grupo e a remuneração oferecida a guias e carregadores.

Ao comparar preços, tenha cuidado: se o valor for muito inferior a 500 USD, é provável que os guias e carregadores recebam salários injustos. Isso porque a maioria dos serviços tem custos fixos, como o trem de retorno e a entrada para Machu Picchu, que as agências não podem negociar.

O que está incluído no preço da Trilha Inca?

Os serviços variam conforme a agência e o preço pago, mas geralmente incluem:

• Trilha Inca 4 dias: Transporte e traslados, entrada e visita guiada a Machu Picchu, barraca com colchonete, equipe de apoio (guia oficial, cozinheiro, ajudantes e carregadores), kit de primeiros socorros e oxigênio. As refeições (3 cafés da manhã, 3 almoços e 3 jantares) estão inclusas. O saco de dormir não costuma estar incluído.
• Trilha Inca 2 dias: Entrada e visita guiada a Machu Picchu, guia oficial, transporte e traslados, kit de primeiros socorros e oxigênio. O jantar do primeiro dia é oferecido em formato de box lunch. O hotel em Aguas Calientes nem sempre está incluído, então é importante confirmar com a agência.

Qual é a melhor época para fazer a Trilha Inca?

Por ser uma área subtropical, o clima costuma mudar e é difícil prever com antecedência.

Em geral, é melhor você ir durante a estação seca: de maio a setembro maio a setembro. Mas esses também são os meses mais frios, pois é inverno (não se esqueça de que as estações são invertidas no hemisfério sul!).

• De de dezembro a abril é a estação chuvosa com chuvas mais fortes em janeiro e fevereiro. Isso não significa que chova todos os dias e constantemente, mas as condições podem ser menos agradáveis para caminhar, tirar fotos e, é claro, dormir nos acampamentos.
• A Trilha Inca é fechada em fevereiro como medida de segurança devido às fortes chuvas. Machu Picchu permanece aberta durante todo o ano, mesmo em fevereiro .
• Os meses mais movimentados são junho, julho e agosto.

Em resumo, eu diria que a melhor época para fazer a Trilha Inca é entre as estações, ou seja entre abril e junho o entre setembro e novembro para você aproveitar a melhor temperatura!

Quais são as melhores alternativas à Trilha Inca?

A Trilha Inca é sem dúvida a rota mais famosa para Machu Picchu, mas não é a única! Existem várias alternativas menos turísticas que oferecem paisagens incríveis e experiências únicas.

Trilha Salkantay

A trilha mais popular depois da Trilha Inca, a Salkantay é perfeita para quem busca um caminho mais selvagem e menos movimentado.

Esse trekking dura 5 dias e 4 noites e atravessa paisagens incríveis entre a cordilheira de Vilcanota e a floresta tropical, passando por sítios arqueológicos incas e cachoeiras.

Você pode reservar a Trilha Salkantay diretamente aqui:

Trilha de Lares

Menos turística e mais autêntica, a trilha de Lares se destaca por sua imersão cultural. Em vez de ruínas incas, o trekking atravessa comunidades andinas tradicionais, onde você pode conhecer um pouco mais do estilo de vida local.

A caminhada é mais curta, terminando no terceiro dia em Ollantaytambo, de onde você segue para Aguas Calientes para dormir e visitar Machu Picchu no dia seguinte.

Descubra tudo no meu guia:

• Lares Trek: Guia completo + Minhas dicas

Reserve a Trilha de Lares diretamente aqui:

Trilha para Huchuy Qosqo

O trekking para Huchuy Qosqo leva você a um dos sítios arqueológicos incas mais fascinantes do Vale Sagrado, acessível apenas a pé ou a cavalo.

É uma opção perfeita para quem tem pouco tempo: uma caminhada curta de 12 km leva você ao sítio arqueológico antes de seguir para Ollantaytambo e pernoitar em Aguas Calientes. No dia seguinte, a visita a Machu Picchu completa a experiência.

Trilha Inca na Selva (Inca Jungle Trek)

Essa é a melhor opção para quem busca aventura. O Jungle Trek combina trekking leve com atividades cheias de adrenalina, como rafting, mountain bike e tirolesa.

Reserve sua Trilha na Selva diretamente aqui:

Como se preparar para a Trilha Inca?

Leve o equipamento certo

Para aproveitar ao máximo a experiência, é essencial ter o equipamento adequado. A agência fornece barraca, esteira e utensílios de cozinha na versão completa da Trilha Inca (4 dias e 3 noites), mas o saco de dormir e a mochila não estão incluídos. Você pode alugar um saco de dormir com a agência, caso não queira levar o seu.

Se você optar pela versão curta (2 dias e 1 noite), não precisa de equipamento, pois a noite é passada em um hotel em Aguas Calientes.

Aqui está uma lista essencial do que levar para a Trilha Inca:

• Mochila: uma bolsa de 30L-40L será suficiente (coberta com um poncho de chuva, melhor ainda, especialmente na estação chuvosa) estação úmida quando chove com frequência)
• Saco de dormir (pode ser alugado em Cusco se você quiser levar o seu, certifique-se de que ele seja adequado para temperaturas de até -10ºC.
• Sapatos de caminhada: lembre-se de usá-los o máximo possível antes da caminhada (o ideal é que você caminhe em condições semelhantes às da Trilha Inca, com poeira, pedras e declives).
• Mackintosh (mesmo na estação seca)
• Garrafa de água e pastilhas de purificação de água (você pode comprá-las em Cuzco)
• Lanterna ou farol
• Chapéu ou boné
• Protetor solar (importante! O sol é muito forte)
• Repelente de mosquitos
• Roupas: roupas leves (camisetas), roupas quentes (calças, shorts, etc.) roupas quentes (calça, camiseta de manga comprida, luvas, cachecol), vários pares de meias, um par de luvas e um chapéu, vários pares de meias
• Bastões de caminhada (podem ser alugados em Cuzco por 2 a 4 dólares por dia)
• Sandálias (seus pés agradecerão a você depois de um dia de sapatos)
• Papel higiênico.
• Toalha de viagem leve (microfibra)
• Uma pequena quantidade de sabonete e desinfetante para as mãos
• Lanches (por exemplo, nozes, barras de cereais)
• Câmera fotográfica (com bateria extra, pois não há eletricidade, ou uma bateria externa se você usar apenas o telefone)
• Kit de primeiros socorros
• Passaporte válido (não uma fotocópia)
• Dinheiro (para gorjetas, lanches ao longo do caminho)

As agências contratam carregadores para o equipamento geral, mas você deve carregar seus pertences pessoais (a menos que contrate um carregador adicional, até 6-7 kg no máximo). Portanto, não sobrecarregue sua mochila, será muito mais agradável!

Como se preparar para o trekking?

Você não precisa ser um trekker experiente para fazer a Trilha Inca, mas uma boa resistência física vai fazer toda a diferença. São entre 5 e 7 horas de caminhada por dia, com subidas e descidas em trilhas irregulares e variações de temperatura.

Se você não pratica atividades físicas regularmente, vale a pena incluir alguns treinos na sua rotina antes da viagem. O melhor exercício? Subir escadas ou treinar no stepper. Se puder, faça caminhadas em terrenos inclinados, de preferência com uma mochila de 5 a 7 kg para simular o peso que carregará no trekking (água, lanches, câmera, etc.).

Mas não se preocupe, não é preciso ser um atleta para completar a trilha. Qualquer preparação extra ajuda, mas o mais importante é ter um ritmo constante e caminhar no seu próprio tempo.

Cuidado com a altitude!

A partir dos 2.300 metros de altitude, o corpo pode começar a sentir os efeitos da menor quantidade de oxigênio. Como Cusco está a 3.390m, é muito comum sentir alguns sintomas no primeiro dia, como fadiga, dores de cabeça ou leve tontura.

O problema? O mal de altitude afeta cada pessoa de forma diferente. Não importa se você é jovem, ativo ou está acostumado com trilhas—alguns sentem mais, outros quase nada. No meu caso, eu sempre sinto bastante quando chego a Cusco, então prefiro passar o primeiro dia descansando, tomando muita água e evitando esforços físicos. Se eu não fizer isso, o desconforto dura bem mais tempo!

Por isso, recomendo fortemente que você passe pelo menos dois dias em Cusco ou no Vale Sagrado antes de iniciar a trilha. Além de ser uma ótima forma de adaptação, há muito para conhecer nessas regiões!

Outras dicas úteis para lidar com a altitude:

• Evite álcool, cigarro e remédios para dormir nos primeiros dias.
• Beba bastante água e experimente o chá de coca, que é oferecido gratuitamente em muitos hotéis.
• Se sentir dificuldade, muitos hotéis possuem balões de oxigênio disponíveis para os hóspedes.
• Durante o trekking, caminhe no seu ritmo e hidrate-se constantemente.

Para saber mais sobre os sintomas e formas de prevenção, confira meu guia completo sobre o mal de altitude.

Hospedagem em Cusco

• La Bo’M: um dos melhores albergues da juventude em Cusco. Fundado por Sarah, uma francesa, o hostel tem uma deliciosa creperia ao lado. Localizado no charmoso bairro de San Blas, oferece boa conexão Wi-Fi, ambiente aconchegante e, claro, crepes incríveis para começar bem o dia! Dormitórios a partir de R$ 63 e quartos privativos a partir de R$ 160.

• La Casona Real Cusco: para quem procura mais conforto, essa joia de estilo tradicional fica em uma rua tranquila, a poucos passos da Plaza de Armas. Destaca-se pela limpeza impecável, água quente, excelente conexão Wi-Fi e recepção calorosa. O café da manhã está incluído. Tudo isso por apenas R$ 375 por noite!

• Hotel Tierra Viva Cusco San Blas: localizado no bairro de San Blas, este charmoso hotel de alto padrão oferece quartos espaçosos e camas extremamente confortáveis. A decoração moderna com toques tradicionais de Cusco e um pátio interno encantador tornam sua estadia ainda mais agradável. Buffet de café da manhã incluído, a partir de R$ 480 por noite.

• Antigua Casona San Blas: um hotel boutique 4 estrelas, chique e intimista, também localizado em San Blas. Oferece quartos confortáveis, ambiente acolhedor e uma decoração que mistura o moderno e o tradicional. Não perca o restaurante Piedra & Sal, um dos melhores de Cusco. Excelente café da manhã incluído, a partir de R$ 1.220 por noite.

• Palacio del Inka Luxury Collection: para uma estadia romântica em Cusco, o Palacio del Inka é a escolha perfeita. Esse hotel de luxo 5 estrelas está localizado em uma impressionante casa colonial de frente para o Coricancha, com uma história que remonta ao Império Inca. Aproveite a piscina interna, academia, spa, bar e restaurante. Delicioso café da manhã incluído, a partir de R$ 1.590 por noite.

Onde se hospedar em Ollantaytambo

Como aqui vêm viajantes com todos os tipos de orçamento, a oferta de acomodações em Ollantaytambo é muito variada. Aqui estão as minhas melhores recomendações de hospedagem:

• Las Portadas: Uma excelente opção econômica. Esta casa típica com um belo jardim está a 5 minutos da praça principal e 15 minutos da estação de trem. A partir de R$ 120 com café da manhã incluído.

• Casa de la Chola: Localizado fora da cidade, a 10 minutos da estação de Ollantaytambo, ideal para amantes da natureza. A partir de R$ 300 a noite.

• Apu Lodge: Perto de Pinkuylluna e das principais atrações, este hotel possui jardim florido, vista para as montanhas e um restaurante famoso por suas pizzas. Quartos a partir de R$ 520 por noite.

• El Albergue Ollantaytambo: um hotel campestre localizado diretamente na estação de Ollantaytambo, perfeito para pegar o trem cedo em direção a Machu Picchu. Quartos confortáveis, um lindo jardim verde, horta orgânica e um ambiente tranquilo. No local, aproveite um excelente restaurante, uma torrefação de café e uma destilaria artesanal. Café da manhã incluído, a partir de R$1.400 por noite!

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